18 de junho de 2025 às 10:42
Ele tem uma das maiores redes de networking do mercado imobiliário e alerta: “Interesse internacional no Brasil nunca foi tão baixo”.
Em entrevista à EXAME, Gustavo Favaron, CEO do GRI Institute, fundado em 1998, em Londres, afirma haver outros países emergentes que tiram do Brasil o holofote para aqueles investidores dispostos ao risco, como Índia e México.
O GRI Institute é um fórum mundial focado em reunir líderes do mercado imobiliário para buscar negócios, tendo entre seus membros donos de incorporadoras, líderes de real estate, fundos de investimento de private equity e fundos soberanos de quatro continentes.
Participam do evento desde incorporadores médios até grandes, como Cyrela e MRV. Com atuação em mais de 100 países, totalizando 19 mil membros espalhados pelo mundo, o Brasil representa menos de 20% do grupo.
Para Favaron, o desinteresse internacional para investimento no mercado imobiliário brasileiro se deve a dois elementos. O primeiro é o momento de incerteza global, com a guerra Rússia e Ucrânia e a guerra comercial entre China e Estados Unidos.
Fora isso, o outro elemento é o próprio mercado doméstico, com a percepção externa de descontrole dos gastos públicos no Brasil.
O país emergente que está na boca dos investidores mais inclinados ao risco é, mesmo, a Índia.